27 de janeiro de 2013

tardes primaveris


se ingenuamente naquela idade
corroendo-nos nas águas ardentes
e tanto ardendo-nos nas transparentes
nós explodimos de felicidade

se incendiamos nas noites febris
escaldando-nos de tantas maneiras
se derretemos cidades inteiras
não nos incinerando por um triz

muito além das tardes primaveris
apagadas certamente em teu corpo
uma semente habita algum lugar

adormecida numa cicatriz
a espera de uma hipótese de fogo
pra das cinzas novamente brotar

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